A Onanya Joni foi criada em 2010 por Sankan Usna para organizar retiros de cura, seguindo a tradição das plantas amazónicas da medicina Shipibo e Quechua-Lamista, duas etnias do Alto Amazonas que trabalham com Ayahuasca e Plantas Maestras.
A sua vocação é disponibilizar, na Europa, num contexto seguro e tradicional, o poder e profundidade dos conhecimentos desta medicina milenar.
Os retiros e seminários começaram há dez anos, permitindo melhorias de saúde para centenas de pessoas.
A Onanya Joni é dirigida por Sankan Usna, nome de medicina de Géraldine Correia.
Sankan Usna começou o seu processo pessoal em 2006 e foi completando a aprendizagem com maestros diferentes. Takiwasi é o centro que segue actualmente, na metodologia e protocolos de utilização das plantas.
Seguiu o processo tradicional de Dietas de Plantas Maestras tal como é praticado há milhares de anos no contexto indígena de conhecimentos ancestrais das tribus do Amazonas.
Sankan Usna dirige actualmente cerimónias Shipibo no Sul da Europa todos os meses, em pequenos grupos, propondo tratamentos individuais.
Trabalha também com o sumo de Tabaco no quadro do Ritual Sagrado de Tabaco.
Existem diferentes níveis de trabalho, incluindo cerimónias e plantas medicinais, na Europa:
– Fim de semana de introdução
– Retiros e Detox – Imersão de uma semana
– Dietas xamânicas de 10 dias
Os Retiros e Dietas exigem alguns dias de isolamento, com muito pouco contacto social.
Consulte a agenda para inscrever-se!
“Nasci num país mas encontrei a minha vida noutro lugar. Mais tarde, o mesmo voltou a suceder: a meio caminho da vida renasci noutro lugar.
A primeira vez que pisei o chão do Perú sabia que esse país faria de alguma forma parte do meu destino.
Encontrei pelo caminho vários mestres que tornaram essa vida possível. Eles foram para mim o Povo da Anaconda. E encontrei também muitas plantas maestras. Foi um pouco como entrar numa máquina do tempo que me levou de volta a um tempo maravilhoso, um lugar onde sempre deveria ter estado, e talvez sempre estivesse, sem saber. Quando estou num tambo, uma cabana só com o telhado, sem paredes, uma rede mosquiteira sobre a cama e a rede, sinto-me em casa.
O vento do destino rodopiou na minha vida várias vezes e tive o privilégio de espreitar pela janela do futuro, o mundo dos espíritos quase ao meu alcance, para começar um caminho de cura diferente de qualquer outro.
Quando regresso à selva, com os ruídos dos macacos e pássaros à minha volta, recordo-me da possibilidade de reencontrar esses espaço no meu interior, quando desempenho as minhas funções de xamã, levando outros para a floresta das almas. Sinto uma gratidão imensa por ter descoberto este caminho e objectivo de vida, à medida que vou descobrindo espaços primordiais no meu interior, territórios e possibilidades por conquistar, mapas da alma por desenhar na humanidade.
As águas castanhas e sombrias da selva ganham vida com os ícaros da Anaconda, Yacumama, Ronin ewe, desafiando-nos para tornar-nos melhores seres humanos.
A Amazônia transformou a minha vida, por dentro e por fora. Aprendi a funcionar em diferentes níveis de realidade. É um desafio mas também o caminho que desejo de todo o coração, sem deixar de parte a minha família. Uma iniciação mais recente com a medicina dos Andes levou-me a expandir o trabalho com os quatro elementos e o reino animal.
As coisas mais simples são também as mais difíceis nos tempos de nevoeiro em que vivemos.
Gracis Madre, Gracias Padre, Gracias Ancestritos”
Sankan Usna